Surpresas da vida

Tem gente que me questionou do porquê de ter escrito algo sobre um assunto tão delicado: o que levamos desta vida após a morte? Um dos questionamentos foi: por que pensar nisso se você é tão jovem?

Pois bem, vamos às respostas. Primeiramente, há um trecho da música “Sei lá”, interpretada por Miúcha e Tom Jobim, que diz: ninguém nunca se sabe que males se apronta. Por isso que me preocupo com essas questões. Nunca podemos ou poderemos garantir a nossa segurança, muito menos quantos anos vamos viver. Quanto a isso, não há otimismo que levante o caro leitor. Desde cedo, devemos cuidar das nossas próprias vidas para no futuro estarmos mais seguros, tanto fisicamente quanto financeiramente. Também devemos nos atentar ao que os outros fazem, pois muitos dos atos deles podem nos ferir.

Lembro-me aqui de um caso interessante, que merece ser contado a você, meu caro leitor. Um colega dos tempos de colégio sempre foi famoso pelas suas bebedeiras e noites em claro. Todos os dias, chegava a casa no final da madrugada e bem cedo tinha que ir à escola. Durante as aulas, ele dormia o tempo todo, acordando apenas para a hora do intervalo. Terminado o colegial, cada um daquela excelente turma seguiu o seu rumo. Ele optou pelo curso de Publicidade e Propaganda. Sempre achei que combinava perfeitamente com esse curso, pois sua criatividade e habilidade de invenção era sui-generis. Durou um ano. Largou o curso superior para seguir na sua vidinha, regada de bebida e cigarro. Seu normal era estar bêbado ou até drogado. Infelizmente. Certo dia, voltando de uma festa numa cidade próxima e com um amigo, ele bateu o carro em um caminhão. Foi o pior acidente que já se viu por aqui. Felizmente, o carona não sofreu muitos ferimentos. Porém, o nosso protagonista desta micro-história passou meses e mais meses num hospital público. Fez incontáveis plásticas, mas ainda não está vistoso, como dizia minha avó. No hospital, sua sorte foi ter encontrado uma amiga dos tempos de colegial, que chocada com a situação, fez tudo o que era possível para cuidar dele. Hoje, ele não pode mais dirigir, pois perdeu a CNH. Mas mesmo assim, o faz. Quanto à bebedeira, é cada vez mais freqüente e intensa.

Bom, paremos agora para refletirmos, antes que você vá para outro blog. Vamos pensar no amigo que estava no carro no momento do acidente. Pensemos que ele sempre cuidou bem da sua vida. Todavia, será que poderia imaginar que essa tragédia iria acontecer? Em instantes sua vida poderia ter sido encerrada por mero descuido. É disso que falava anteriormente. Por mais cuidado que tomamos com a vida, elementos surpresa podem encerá-la bruscamente.

Devemos dedicar tempo a nossas vidas, sim. Porém, nunca podemos de deixar de cuidar delas, pois, aconteça o que acontecer, é a nossa maior jóia. O que levamos dessa vida não sabemos. Por isso, vamos cuidar daquilo que nos é garantido.

Bom, acho que é tudo por hoje. E desculpe-me pela ausência de posts, visto que os dias estão mais corridos. Beijos a todos e até amanhã