Olá pessoal, tudo bem?
Todos sabem da minha paixão pelas novelas. Desde pequeno,
sempre gostei em assistir às aventuras mirabolantes da televisão. Todavia, notei
muita diferença entre as minhas queridas do passado e as de hoje.
Odete Roitman, inspiração para as vilãs de todos os tempos. |
Naquelas, mocinhos, mocinhas, vilãos: elementos de uma
narrativa bem marcada, em que não havia mudança de comportamento. Personagens eram
determinadas a serem daquele jeito pela trama toda. No momento, reacompanho
dois primores no Canal Viva (37 na Sky e na Embratel): Por Amor e Vale Tudo. Esta,
principalmente, é a que mais me fascina: as personagens chegam a ser exageradas.
Quem é bom, o é em demasia, assim como quem é mal. Temos dois opostos nítidos:
Raquel (Regina Duarte) e Odete (Beatriz Segal). Podemos defini-las então como
determinadas.
Hoje, o cenário é bastante contrário. As personagens mudam
de caráter como de roupa. Na excelente Passione, temos um bom exemplo, Clara ou
Ciara para os italianos, brilhantemente vivida por Mariana Ximenes. Cada dia, a
vilã estava de um jeito: boa demais, má demais. Confundia-me um pouco,
levando-me a perguntar sobre seu caráter naquele dia.
Bom, e o que isso significa? Simples. Hoje, a televisão tem
que atender um público advindo de classes mais baixas, que não sonham mais em
ter o vestido da fulana como antigamente porque consegue mandar fazer um igual
ou até comprar. O poder aquisitivo aumentou da chamada classe C, a nova classe
média, mudando até as nossas novelas. Estamos indo contrário àquela canção que dizia
“o pobre fica cada vez mais pobre”. Mentira total, ele está enriquecendo e
levando o país para frente. Ares de novos tempos.
E como eu fico nesse cenário? Feliz pelos que melhoraram de
vida e triste pelas novelas bem definidas que ficaram no passado. Mas ainda
tenho esperanças com Gilberto Braga e Aguinaldo Silva, dois dos meus noveleiros
prediletos.
Até mais!
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