Computadores aprendem o que nos faz sorrir - e gastar
Por STEVE LOHR
Computadores com visão estão se tornando comuns. Câmeras baratas e de alta resolução se proliferam em produtos como smartphones e laptops. E novos algoritmos de computação para localizar, comparar e avaliar a enxurrada de dados visuais têm progredido rapidamente.
A tecnologia pode ser usada em hospitais, shopping centers, escolas, plataformas de metrô, escritórios e estádios. As máquinas nunca piscam.Tudo isso pode ser muito útil -ou alarmante.
"As máquinas definitivamente serão capazes de nos observar e nos entender melhor", disse Hartmut Neven, cientista da computação do Google e especialista em visão. "Aonde isso leva é incerto", completou.
O Google está na linha de frente do desenvolvimento tecnológico, e é também motivo de apreensão por causa disso. Seu serviço Street View, em que usuários da internet podem olhar um determinado local, recebeu queixas por violação de privacidade. O Google irá borrar as fotos das casas de quem assim solicitar.
Com o aplicativo Goggles, do Google, as pessoas podem tirar uma foto com um smartphone e vasculhar a internet em busca de imagens semelhantes. Executivos da empresa excluíram uma ferramenta de reconhecimento facial, temendo que isso servisse na busca por informações pessoais.
Cientistas preveem que as pessoas ficarão cada vez mais cercadas por máquinas que podem não só ver, mas também raciocinar a respeito daquilo que estão vendo.
Segundo Frances Scott, que é especialista em tecnologias de vigilância, isso poderá permitir que autoridades localizem um terrorista ou uma criança perdida.
Milhões de pessoas têm usado produtos que mostram o progresso alcançado pela visão informatizada. Os principais serviços on-line de compartilhamento de fotos já contam com reconhecimento facial.
O Kinect, que pode ser agregado ao console Xbox 360, da Microsoft, usa uma câmera digital e sensores para reconhecer as pessoas e seus gestos; ele também entende comandos de voz.
Com o Kinect, "a tecnologia entende você de forma mais fundamental, de modo que você não precisa entendê-la", disse Alex Kipman, engenheiro envolvido no desenvolvimento da ferramenta.
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