sábado, junho 05, 2010 Comment0 Comments

IMPERDÍVEL!

A incrível história de Regina Maria

Tarde de sábado, a calha fazia um barulho insuportável.  As luzes da casa estavam acesas. Lá estava ela no sofá, assistindo “Dirty Dancing”, comendo pipoca e navegando na net. Tudo tão down.

A tarde passava e ela ali permanecia. Só saía do sofá para fazer uma pipoca nova. E de microondas, ainda. Não queria nada. Estava de bobeira. Lágrimas. E por que lágrimas? Ela não agüentava mais aquela situação.

Regina Maria era uma mulher recém-formada, de muito sucesso. Sua área: design digital. Trabalhava em uma gravadora de música eletrônica fazendo clipes que animavam a todos. Menos ela. Sua cara era sempre fechada. Saía pouco. Apenas Martinha, uma solteirona em seus quarenta é quem a convidava para umas voltas. Mesmo assim, vivia amargurada.

Certo dia, ela estava se entediando com seu próprio tédio e resolveu fazer alguma coisa para mudar sua situação. Uma sala de chato do UOL às 22h de uma sexta-feira. Perfeita para mudar sua situação, não é mesmo? Será que o clima “amour à l’air” ou “love’s in the air” faria parte de sua vida? Eram possibilidades.
Entrou no chat como Regininha solteira. Sala: São Paulo, lotada, com 31 participantes. Era a ocasião certa. Veio falar com ela “El amador”. Ficou pensando nas possibilidades para amador. Engatou uma primeira e logo segunda. A estrada seguia bem até que pararam num pontilhão: era a paixão mútua por filmes antigos! “Parece que dessa vez vai! Se Deus quiser!” eram seus pensamentos.

No outro final de semana [isso mesmo!], Avenida Paulista, barzinho charmoso, friozinho, chocolate quente. Um beijo. E dois, três, quarto, cinco, ... Nossa, que loucura! Tudo o que estava guardado em segundos não sobrara nem o fundinho para raspar o tacho.

Dois meses depois, noivado, e em cinco meses, altar, padre, arroz, padrinhos. Até que enfim Regininha saiu daquela situação decadente para ser feliz com “El amador”. Tudo ia às mil maravilhas! Ainda bem, pois ela era uma boa moça e merecia ser feliz com alguém que gostasse dela!

O amor ia bem até que um dia ela recebe uma visita do agente. Era uma busca e apreensão. “El amador” sempre carregava consigo uma caixinha bonita, mas desconfortável para carregar. E era ela que eles queriam. Quando a abriram, se surpreenderam com a quantidade de coisa ruim que tinha lá dentro. De repente, toda felicidade faz uma viagem sem volta e Regina Maria volta ao seu estado anterior. Sua missão agora era de visitar o safado na prisão aos domingos. E nem visita íntima tinha. Era um carma na sua vida.

Até que um dia, cansada daquilo resolver dar um rumo triunfal na sua vida: noite, véspera de feriado, cidade lotada. Viaduto do Chá. Um grito. Um adeus. Uma estrela brilhante nova no céu. 

Até a próxima!

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