terça-feira, junho 29, 2010 Comment0 Comments



Você deve ter estranhado o título da coluna de hoje, não é mesmo? Afinal, no hemisfério sul, é inverno e não verão. Todavia, hoje não falaremos de nada por aqui. Vamos lá pra cima. E põe pra cima nisso. O cenário: um dos países mais formais do mundo [senão o mais formal], onde um Lady ainda impera, mesmo falecida. E tem uma rainha que é um luxo. Agora ficou fácil. Estou falando da Inglaterra.

Nesta última Copa, eles perderam para a Alemanha. Mas, o futebol, para eles, não é algo tão assim como para os brasileiros. Lá, as prioridades são outras. Nesta estação quente [pra eles, porque eu estou morrendo de frio!], os ingleses realizaram mais um Festival de Glastonbury, famoso por lançar bandas como Radiohead e Oasis. Mais informações no site: http://www.glastonburyfestivals.co.uk/

É um festival que brasileiro nenhum ousaria fazer igual. Nunca estive nele [ainda], mas as notícias são ótimas. Quero agradecer as informações de Paul Grisham, um londrino que me acolheu como seu amigo pela Internet e que um dia me acolherá em sua casa. Ele me faz traduzir meus textos do blog só para ele ler... Mereço uma estadia na casa dele, não mereço? Brincadeira...

Bom ,voltando ao evento, é um festival de música pop e rock de grande sucesso, com uma organização maravilhosa, além da preocupação com o ambiente. O evento é apoiado pelo Greenpeace, pela WaterAid e Oxfam. Neste ano, comemorou a sua 40ª versão, com um público de aproximadamente 180mil.

A Folha de S.Paulo desta terça trazia em sua capa do caderno preferidísismo deste ser, a Ilustrada, uma reportagem sobre o Festival. Eles destacaram cinco bandas. Entre elas, está uma que nós destacamos em Abril, mais exatamente em dois de abril em um post chamado “Novos sons do pop”: é a banda Two Door Cinema Club. Essa banda de indie rock e pop faz um som agitado, pra dançar, super gostoso. Sem falar das letras, nas quais a gente percebe certo cuidado com as rimas e com a construção sintático-semântica do texto. As minhas músicas prediletsa são “New houses” e “I can talk”. Ouçam em seu meio favorito, porque são ótimas…

Bom, espero que gostem da indicação. São demais mesmo. Beijos e até a próxima!

terça-feira, junho 29, 2010 Comment0 Comments

I Can Talk

Two Door Cinema Club

You won't believe what I tell you,
White coats and clever minds will choose
You get a lot from this
Loose tongue and arrogance
It's not appropriate
Don't think that this is it

Now I can talk, no one gets off
(I know how you like to)
Now I can talk, no one gets off (repeat)

A longer sentence brings no more
Than one that I had said before
It's hard to compromise
When I see through your eyes
It's just a common view
I guess it's lost on you

Now I can talk, no one gets off
(I know how you like to)
Now I can talk, no one gets off (repeat)

instrumental

Now I can talk, no one gets off
(I know how you like to)
Now I can talk, no one gets off
(repeat)

segunda-feira, junho 28, 2010 Comment0 Comments


Olá amigos, tudo bem? Nossa, mais uma semana começa. Muita gente está com os dias contados para as férias [e eu nem as terei! :(]. Todo mundo na expectativa, não é mesmo? E essa Copa do Mundo? Gente, está virando um Carnaval fora de época.  O Brasil está parando por nada. Tenho medo disso.

Penso, quantas pessoas estão deixando de ser atendidas pelos seus médicos por causa dos jogos, ou então quantas aulas estão deixando de ser dadas por causa dos jogos... é muita coisa se formos pensar.

Todavia, gosto dos jogos por um motivo: a união. Por mais defeitos que coloquem nos brasileiros, uma característica não será nunca tirada de nós: a união. Rapidão as pessoas se unem para comprar cerveja, carne e montar aquele churrasco. Rapidão mesmo! É impressionante. Pelo menos, nos reunimos para algo, não é mesmo?

Agora, o que está me chateando é a atuação da seleção. Confesso que não sou nenhum bom entendedor de futebol, mas  combinemos que os canarinhos não estão jogando nada. Cadê a seleção ovacionada pelo melhor futebol do mundo? Ainda a procuro. E onde estão os milhões gastos com ela? Queremos ver um título e para isso, é preciso muito esforço. Let’s GO!

Bom, espero que ela melhore e que possamos comemorar a vitória. Beijos e ótima semana!

domingo, junho 27, 2010 Comment0 Comments



A vida é uma comédia,
a gente que faz dela uma tragédia!
Mr. Brightside

quinta-feira, junho 24, 2010 Comment0 Comments


domingo, junho 20, 2010 Comment0 Comments



Olá pessoal, tudo bem?

Nem ia escrever hoje, mas acabei de decidi-lo. Inspiração não tenho muito, mas vamos lá. Afinal, tudo o que me proponho a fazer, faço com gosto e, modéstia à parte, muito bem feito.

É sobre isso que irei falar hoje. Nós solicitamos que as pessoas nos façam coisas o dia todo: “mãe, passa minha roupa?” “um copo de suco com um pão-de-queijo, por favor”, “pai, conserta minha televisão?”... Enfim, são muitas as nossas requisições. Pois bem, vamos olhar hoje o lado das pessoas que são requisitadas.

Essas pessoas são muito boazinhas por atender os nossos pedidos. E a maioria faz isso muito bem. Nossas mães sempre lavam nossa roupa, nossos pais sempre arrumam o que está quebrado e os garçons e garçonetes sempre nos servem bem [com exceções]. Da parte deles, tudo está bem. Certo? Errado!

Por que? Simples. Nunca falamos “como a senhora lava roupa bem, mamãe”. Ou então “nossa, pai, como você sabe mexer bem neste aparelho”, ou ainda, “está servindo muito bem, parabéns!”. Resumindo a história: nunca agradecemos e reconhecemos um trabalho bem feito. Nunca paramos pra dizer um “Parabéns” ou então “Continue assim, está ótimo!”. Never! Jamais! Nunca! Mai!

A mensagem de hoje fica assim: vamos reconhecer todos aqueles que fazem um trabalho bem feito, sejam eles remunerados ou não. Todos só temos a ganhar, pois eles melhorarão a qualidade do seu afazer, além de estarem motivados psicologicamente. É um reforço positivo indispensável.

Boa  semana! Beijos

domingo, junho 20, 2010 Comment0 Comments


Fisiologia explica por que o amor é cego

Desde a adolescência, a médica paulista Cibele Fabichak se perguntava sobre vários assuntos relacionados a amor, emoções e sexo. Quando entrou na faculdade de medicina, já no primeiro ano, apaixonou-se por fisiologia e começou a buscar as respostas nesta área para suas dúvidas. O resultado é o livro “Sexo, Amor, Endorfinas & Bobagens” (Editora Novo Século, R$ 29,90), em que a médica explica por meio de estudos científicos como funcionam os mecanismos da paixão e do amor no corpo e na mente.
A primeira pergunta da entrevista, portanto, não poderia ser outra: o amor pode ser explicado biologicamente? “Sim, já temos vários trabalhos para entender melhor como funciona o cérebro e os hormônios, além de outros elementos, como história pessoal, cultura e ambiente”, diz. Ela cita a antropóloga americana Helen Fisher, que classificou o amor em três etapas: 
1ª – Desejo sexual, em que o principal hormônio envolvido é a testosterona. 
2ª – Atração física ou sexual, caracterizada por grande euforia e felicidade intensa. Fase regida pelos hormônios que proporcionam bem-estar, como dopamina, endorfina e serotonina. 
3ª – Vínculo duradouro, o amor.

Diante dessa classificação, outra pergunta é automaticamente respondida: o amor pode vir com o tempo. Mas, e o tal do famoso amor à primeira vista? De acordo com Cibele, seria mais correto dizer paixão à primeira vista. Segundo ela, o grande gatilho é olhar e gostar. Os estudiosos buscam explicação para esse comportamento nos homens primitivos: a natureza busca a procriação, portanto é importante que o macho (principalmente) tenha uma visão que o atraia. E esse mecanismo precisa agir rápido nos animais, porque o período fértil é curto para fêmea. “O ser humano herdou dos primórdios esse encantamento rápido pela fêmea. E esse comportamento é universal, de acordo com pesquisas feitas com vários povos”, afirma a médica.
A mulher também é atraída pela visão, mas nem tanto. Para ela é importante visualizar também o aspecto emocional no homem. E aí entram outros elementos: cultura, bom humor, status social, se dá segurança, se é provedor. “A velocidade com que o homem se apaixona é mais rápida. Já a mulher demora mais porque ela precisa de tempo para avaliar”, conclui Cibele.
Por que o amor é cego?
Pesquisas demonstram que a paixão tem duração de aproximadamente 12 a 48 meses. “Esse seria o tempo para fortalecer a união, acontecer o ato sexual, a gestação e a criação do bebê (até que tenha certa independência, por volta dos 2 anos). A natureza faz as contas perfeitamente”, brinca Cibele.
E isso só é possível porque, quando o indivíduo está apaixonado, o sistema límbico (central das emoções) produz uma avalanche de substâncias que tornam o amado “perfeito”. Por isso se diz que o amor é cego, além ser uma boa explicação para escolhas erradas, casamentos precipitados e afins. Quando passa essa onda de prazer que distorce os novos julgamentos, o casal começa a enxergar o outro exatamente como ele é. Se os laços formados são fortes e existem outros elementos que ligam o casal além do sexo, a parceria continua. 
A médica, no entanto, avisa que o principal ponto para a manutenção da união é o novo. “O casal deve realizar atividades novas, como um jantar romântico de vez em quando, tentar posições sexuais diferentes, planejar viagens etc.”, aconselha. “A cada novidade, nosso cérebro ativa as substâncias que trazem prazer”, diz.
Rompimento
Estudos mostram que a pessoa apaixonada se acostuma com as substâncias produzidas pelo cérebro que geram uma onda de prazer e satisfação. “Após a separação, é como se o cérebro estivesse ‘viciado’, por isso o indivíduo entra em estado de abstinência”, explica a autora.
Como resultado, pode-se citar a raiva, a busca intensa pelo parceiro e até o aumento do estado de paixão, já que são mantidas as atividades cerebrais que estimulam a paixão. “Essa fase pode demorar de dias a meses”, avisa a médica. E, a partir do momento em que cessam os estímulos do parceiro, a pessoa pode entrar numa fase de tristeza e depressão.
“Toda essa química do cérebro começa a diminuir e a estimular a atividade do córtex pré-frontal, região importante para o julgamento crítico, discernimento. Começa, então, a construção do ódio, o oposto do amor, e sentimento de total distanciamento, o que facilita o rompimento”, explica a especialista. Segundo ela, algumas exageram e chegam à vingança. Vários elementos, como educação, personalidade, cultura, ambiente, transtornos psíquicos etc., vão determinar se o indivíduo vai passar por essas fases e seguir em frente ou cometer loucuras de amor.
(ROSANA FERREIRA - Editora-assistente de UOL Estilo Comportamento)

sexta-feira, junho 18, 2010 Comment0 Comments

Dedico a tragicidade desta canção a todos aqueles que me fazem sofrer, principalmente alguns colegas de trabalho que se acham os melhores. Não é por nada não, mas eu odeio esse tipo de gente. ODEIO! Se alguém souber de outra música mais trágica, avise-me. Mr. Brightside está desconsertado com as pessoas mesquinhas, que só porque têm dinheiro, acreditam alcançar aquilo que querem. Também vale pra pessoas sem nenhum caráter. Deixo aqui minha bofetada na cara em público. Pelo menos, não serei preso, não é mesmo?
Poderia também dedicar àquelas de quem estou gostando. Mas elas não merecem isso, como certa pessoa.

Mr. Brightside continua indignado e demorará passar. Acho que o Mr. vai ter que fazer uma troca radical, super radical. Ou então cometer um crime, o que não é legal, pois Mr. é uma pessoa de bem, que não faz o mau a ninguém [bem que falam que bonzinho só se f...]!

Bom, deixo aqui minha palavra de indignação. Por hoje é só. Bom final de semana!




Maria Bethânia - Rosa-dos-Ventos
E do amor gritou-se o escândalo
Do medo criou-se o trágico
No rosto pintou-se o pálido
E não rolou uma lágrima
Nem uma lástima para socorrer
E na gente deu o hábito
De caminhar entre as trevas
De murmurar entre as pregas
De tirar leite das pedras
De ver o tempo correr
Mas sob o sono dos séculos
Amanheceu o espetáculo
Como uma chuva de pétalas
Como se o céu vendo as penas
Morresse de pena
E chovesse o perdão
E a prudência dos sábios
Nem ousou conter nos lábios
O sorriso e a paixão


Pois transbordando de flores
A calma dos lagos zangou-se
A rosa-dos-ventos danou-se
O leito do rio fartou-se
E inundou de água doce
A amargura do mar
Numa enchente amazônica
Numa explosão atlântica
A multidão vendo em pânico
A multidão vendo atônita
Ainda que tarde o seu despertar




quinta-feira, junho 17, 2010 Comment0 Comments

Olá pessoal, tudo bem ?

Tem pessoas que certamente irão me criticar por este post. Mas, deixe-me explicar. Essa música da Xuxa é super alto-astral. Combina perfeitamente com o blog. Foi com ela que comecei a ser otimista. Merece um espaço aqui! Espero que gostem! Beijos e ótimo restinho de semana!



Xuxa - Lua De Cristal

Tudo pode ser, se quiser será
O sonho sempre vem pra quem sonhar
Tudo pode ser, só basta acreditar
Tudo que tiver que ser, será

Tudo que eu fizer
Eu vou tentar melhor do que já fiz
Esteja o meu destino onde estiver
Eu vou buscar a sorte e ser feliz

Tudo que eu quiser
O cara lá de cima vai me dar
Me dar toda coragem que puder
Que não me falte forças pra lutar

Vamos com você
Nós somos invencíveis, pode crer
Todos somos um
E juntos não existe mal nenhum

Vamos com você
Nós somos invencíveis, pode crer
O sonho está no ar
O amor me faz cantar, faz cantar

Lua de cristal
Que me faz sonhar
Faz de mim estrela
Que eu já sei brilhar

Lua de cristal
Nova de paixão
Faz da minha vida
Cheia de emoção

terça-feira, junho 15, 2010 Comment0 Comments

Olá pessoal, tudo bem?

Primeiramente, gostaria de agradecer às visitas constantes. Esta última semana não pude postar quase nada. Resultado: vários e-mails solicitando um post novo. Bom, better late than never, não é mesmo? Estou realizando novos projetos e eles estão tomando muito tempo. Fico sem inspiração para o blog.

Eu quero dizer também muito obrigado aos comentários que têm chegado em meu e-mail sobre o “Desabafo”. O trecho mais comentado foi: “Enfim, quero ser mais eu. Eu não quero mais me enganar. Não é justo comigo. Preciso de doses de realidade latentes. Aí, eu acordo.” Justo escrever isso. Não é justo conosco mesmos nos enganar. Necessitamos da verdade, solamente isto.

Bom, agora indo ao assunto de hoje, não poderia deixar de falar sobre a Feira do Livro de Ribeirão Preto, à qual estive duas vezes. No primeiro dia, quinta passada, Milton Nascimento arrasou nos vocais. Entretanto, a organização não foi bem assim. Havia muita gente na praça central para pouco espaço. Sem falar da invasão de pessoas nada interessadas com aquele tipo de música e com aquele evento. Muitos jovens dançarinos de “Rebolation” e portadores de bonés com abas retas [nem precisa falar mais, não é mesmo?]. Realmente, estragou a festa. Fiquei pensando com minhas colegas: “a gente veio à feira de quê mesmo? Achei que era de livros e cultura”.

Todavia, retornei ao evento no domingo. Dia mais calmo, consegui ver vários estandes, fazer pechinchas de livros e respirar mais na feira. Aí sim pude sentir o clima das letras, da boa cultura, da boa música, enfim, o clima feira do livro. Até conversei com uma senhora que me recomendou uns livros, pois aqueles eram os da sua vida. Achei super fofo da parte dela me dizer isso, mesmo sem me conhecer. Além do mais, que delícia de voz que tem a Roberta Sá. Cantora simpática, canta bem, suas letras têm conteúdo e beleza artística.

Pra terminar, queria deixar uma mensagem à organização da feira, especialmente minha cara Bel Farias: é necessário repensar sobre a feira. A idéia de colocar no centro da cidade é muito boa, mas o público é muito grande para aquele espaço. É hora de pensar em novos horizontes. Só assim a feira crescerá e garantirá a qualidade artístico-cultural que tem.

Por hoje é só. Beijos e ótima semana!

segunda-feira, junho 07, 2010 Comment1 Comments


Brodowski, SP, Brasil, 07 de junho de 2010.

CARTA DA REDAÇÃO AOS LEITORES

Hoje acordei resolvendo desabafar. Sabe, tem horas que precisamos desabafar. Na boa, não pra segurar muitas coisas por muito tempo!

A seguir, uma lista do que resolvi fazer a partir de hoje:

- Não vou mais matar minha dieta só por causa de um bombom Sonho de Valsa. Dá um baita trabalho ficar horas malhando pra tudo ir água abaixo.
- Não vou me estressar com quem não merece. Para ter minha atenção, é melhor fazer por merecer. Cansei mesmo.
- Não vou mais desperdiçar meu coração. Ele não é pinico.
- Também não vou mais me matar por um pouquinho. Não nasci pra pouco. Sou um sujeito de grandes qualidades e quero que me respeitem por elas, tanto pessoais, quanto profissionais.
- Quero curtir mais a vida.
- Quero beber mais água. Cinco litros é pouco.
- Quero trabalhar mais. Isso mesmo. Trabalhar mais, pois me esqueço de tudo, me divirto e ainda faço pessoas aprenderem com isso. Deixa-me muito orgulhoso.
- Quero buscar mais as melhores oportunidades. Olhar mais longe. Novas oportunidades sempre surgem. Parar de recusá-las.
- Buscar mais minha felicidade.
- Ouvir aquilo que gosto, com quem eu gosto, na hora que eu quiser.
Enfim, quero ser mais eu. Eu não quero mais me enganar. Não é justo comigo. Preciso de doses de realidade latentes. Aí, eu acordo.
“O importante é ser você, mesmo que seja estranho, seja você, mesmo que seja bizarro”.

Lavro, nesta data, a presente carta.

sábado, junho 05, 2010 Comment0 Comments

IMPERDÍVEL!

A incrível história de Regina Maria

Tarde de sábado, a calha fazia um barulho insuportável.  As luzes da casa estavam acesas. Lá estava ela no sofá, assistindo “Dirty Dancing”, comendo pipoca e navegando na net. Tudo tão down.

A tarde passava e ela ali permanecia. Só saía do sofá para fazer uma pipoca nova. E de microondas, ainda. Não queria nada. Estava de bobeira. Lágrimas. E por que lágrimas? Ela não agüentava mais aquela situação.

Regina Maria era uma mulher recém-formada, de muito sucesso. Sua área: design digital. Trabalhava em uma gravadora de música eletrônica fazendo clipes que animavam a todos. Menos ela. Sua cara era sempre fechada. Saía pouco. Apenas Martinha, uma solteirona em seus quarenta é quem a convidava para umas voltas. Mesmo assim, vivia amargurada.

Certo dia, ela estava se entediando com seu próprio tédio e resolveu fazer alguma coisa para mudar sua situação. Uma sala de chato do UOL às 22h de uma sexta-feira. Perfeita para mudar sua situação, não é mesmo? Será que o clima “amour à l’air” ou “love’s in the air” faria parte de sua vida? Eram possibilidades.
Entrou no chat como Regininha solteira. Sala: São Paulo, lotada, com 31 participantes. Era a ocasião certa. Veio falar com ela “El amador”. Ficou pensando nas possibilidades para amador. Engatou uma primeira e logo segunda. A estrada seguia bem até que pararam num pontilhão: era a paixão mútua por filmes antigos! “Parece que dessa vez vai! Se Deus quiser!” eram seus pensamentos.

No outro final de semana [isso mesmo!], Avenida Paulista, barzinho charmoso, friozinho, chocolate quente. Um beijo. E dois, três, quarto, cinco, ... Nossa, que loucura! Tudo o que estava guardado em segundos não sobrara nem o fundinho para raspar o tacho.

Dois meses depois, noivado, e em cinco meses, altar, padre, arroz, padrinhos. Até que enfim Regininha saiu daquela situação decadente para ser feliz com “El amador”. Tudo ia às mil maravilhas! Ainda bem, pois ela era uma boa moça e merecia ser feliz com alguém que gostasse dela!

O amor ia bem até que um dia ela recebe uma visita do agente. Era uma busca e apreensão. “El amador” sempre carregava consigo uma caixinha bonita, mas desconfortável para carregar. E era ela que eles queriam. Quando a abriram, se surpreenderam com a quantidade de coisa ruim que tinha lá dentro. De repente, toda felicidade faz uma viagem sem volta e Regina Maria volta ao seu estado anterior. Sua missão agora era de visitar o safado na prisão aos domingos. E nem visita íntima tinha. Era um carma na sua vida.

Até que um dia, cansada daquilo resolver dar um rumo triunfal na sua vida: noite, véspera de feriado, cidade lotada. Viaduto do Chá. Um grito. Um adeus. Uma estrela brilhante nova no céu. 

Até a próxima!

terça-feira, junho 01, 2010 Comment0 Comments

“As pessoas veem estrelas de maneira diferente. Para aqueles que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. (…) Mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém nunca as teve…

Quando olhares o céu de noite, eu estarei habitando uma delas, e de lá estarei rindo; então será, para ti, como se todas as estrelas rissem! Dessa forma, tu, e somente tu, terás estrelas que sabem rir!

E quando estiveres consolado (a gente sempre se consola), tu ficarás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E às vezes abrirás tua janela apenas pelo simples prazer… E teus amigos ficarão espantados de ver-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: ‘Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!’ E eles te julgarão louco. Será como uma peça que te prego…”
(Trechinho favorito do Pequeno Príncipe)