segunda-feira, setembro 20, 2010 Comment0 Comments


Há muito tempo, muito tempo mesmo, venho pensando como é a vida. Uma das coisas que acho que mais engraçada é como a gente muda a nossa concepção sobre ela. Vocês vão rir, mas vou contar-lhes quais foram as minhas e quais são.

Quando era criança, achava que viver era ir à escola, brincar com os amigos, comer comidas gostosas e assistir à Xuxa aos sábados. Ah, como eram boas. Macarronada, salgadinhos Elma Chips, pirulitos das Spice Girls para colecionar as figurinhas e Kinder Ovo [na época que custavam apenas R$1!]. Tinha meus amigos e não pensava muito no amanhã. Para mim, o momento bastava.

Mais tarde, lá pelos 12, 13, 14, a coisa começou a mudar de figura. Uma leve preocupação com o futuro começou a estourar em meus pensamentos. Até que um primeiro passo: comecei a estudar inglês. Mal sabia que aquilo ia me acompanhar pelo resto da minha vida. Outra coisa que comecei a fazer mais foi exercícios físicos. Nadava, não faltava da educação física e jogava voley ainda. Nunca fui tão esportivo na minha vida. Mas, tomava [e ainda tomo] muita Coca-Cola.

No colegial, a preocupação com o futuro ficou mais latente, me consumindo mais horas de estudo. Também comecei a trabalhar e a sentir o peso do dinheiro na vida. Outra coisa que comecei a ter noção foi do peso das amizades na nossa vida. Lívias, Carols, Fernanda exprimem bem essa fase.

Na faculdade, tive o maior choque da minha vida. Pela primeira vez, tive muito contato com pessoal de outra realidade muito diferente da minha. Percebi como a vida era muito diferente de tudo o que pensava. E como é. Minha atitude em relação às pessoas e às coisas mudou totalmente. Para melhor, claro. Fiz novos amigos, que infelizmente não posso dizer se serão para a vida toda.

Agora, pós-faculdade a vida realmente é totalmente diferente. Tudo o que tive de bagagem até aqui é o bastante para um novo começo. E qual seria esse começo? Responsabilidades... Elas são muitas e me assustam ainda pela velocidade com que apareceram, afinal tenho só 21 anos. É uma hora de virar gente grande. Ser realmente dono do meu nariz. E entendo que só conseguirei isso quando conquistar a minha independência financeira, claro.

Para o futuro, desejo ter o meu canto, não negando meus pais. Sou muito grato a tudo que me deram e me dão. Porém, é hora de ser realmente dono da minha vida, do meu pedacinho neste imenso planeta. Quero trabalhar mais, estudar mais, ser alguém cada vez melhor. E quero também me conformar mais que na vida nada é permanente, tudo é passageiro.
Uma ótima semana!

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