Há muito tempo, muito tempo mesmo, venho pensando como é a
vida. Uma das coisas que acho que mais engraçada é como a gente muda a nossa
concepção sobre ela. Vocês vão rir, mas vou contar-lhes quais foram as minhas e
quais são.
Quando era criança, achava que viver era ir à escola,
brincar com os amigos, comer comidas gostosas e assistir à Xuxa aos sábados. Ah,
como eram boas. Macarronada, salgadinhos Elma Chips, pirulitos das Spice Girls
para colecionar as figurinhas e Kinder Ovo [na época que custavam apenas R$1!].
Tinha meus amigos e não pensava muito no amanhã. Para mim, o momento bastava.
Mais tarde, lá pelos 12, 13, 14, a coisa começou a mudar de
figura. Uma leve preocupação com o futuro começou a estourar em meus
pensamentos. Até que um primeiro passo: comecei a estudar inglês. Mal sabia que
aquilo ia me acompanhar pelo resto da minha vida. Outra coisa que comecei a
fazer mais foi exercícios físicos. Nadava, não faltava da educação física e
jogava voley ainda. Nunca fui tão esportivo na minha vida. Mas, tomava [e ainda
tomo] muita Coca-Cola.
No colegial, a preocupação com o futuro ficou mais latente,
me consumindo mais horas de estudo. Também comecei a trabalhar e a sentir o
peso do dinheiro na vida. Outra coisa que comecei a ter noção foi do peso das
amizades na nossa vida. Lívias, Carols, Fernanda exprimem bem essa fase.
Na faculdade, tive o maior choque da minha vida. Pela primeira
vez, tive muito contato com pessoal de outra realidade muito diferente da minha.
Percebi como a vida era muito diferente de tudo o que pensava. E como é. Minha
atitude em relação às pessoas e às coisas mudou totalmente. Para melhor, claro.
Fiz novos amigos, que infelizmente não posso dizer se serão para a vida toda.
Agora, pós-faculdade a vida realmente é totalmente
diferente. Tudo o que tive de bagagem até aqui é o bastante para um novo
começo. E qual seria esse começo? Responsabilidades... Elas são muitas e me
assustam ainda pela velocidade com que apareceram, afinal tenho só 21 anos. É uma
hora de virar gente grande. Ser realmente dono do meu nariz. E entendo que só
conseguirei isso quando conquistar a minha independência financeira, claro.
Para o futuro, desejo ter o meu canto, não negando meus
pais. Sou muito grato a tudo que me deram e me dão. Porém, é hora de ser
realmente dono da minha vida, do meu pedacinho neste imenso planeta. Quero trabalhar
mais, estudar mais, ser alguém cada vez melhor. E quero também me conformar
mais que na vida nada é permanente, tudo é passageiro.
Uma ótima semana!
0 comentários:
Postar um comentário